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A Lenda de Tanabata, por Lúcia Hiratsuka

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Hoje, a autora e ilustradora Lúcia Hiratsuka, vai nos contar a lenda de Tanabata, uma história que faz parte da tradição oral japonesa e possui muitas versões dependendo da região do Japão, no entanto, está sempre ligada a umas das festas japonesas mais populares do país: o Tanabata Matsuri (七夕祭り), ou o Festival das Estrelas, celebrado no dia 7 de julho. A festa marca o verão e celebra o encontro entre as estrelas Vega e Altair, que se encontram apenas uma vez por ano na via láctea.

“Isso acontece todos os anos, no dia sete de julho.
Nessa data, as estrelas brilham mais forte. E, na terra, o povo festeja o amor dos dois jovens.”

Lúcia Hiratsuka

Desde o período Edo, os japoneses têm a tradição de escrever pedidos em pequenas tiras de papel, chamados tanzakus, e os penduram em galhos de bambu. Eles acreditam que as duas estrelas, ao se encontrarem, realizam os pedidos das pessoas na Terra. Os tanzakus possuem diversas cores, e cada uma simboliza um tipo de diferente de pedido: branco para paz, amarelo para dinheiro, verde para esperança, vermelho para paixão e gratidão, rosa para amor e azul para saúde e proteção dos céus. O Festival das Estrelas acontece um pouco antes de um dos grandes feriados do Japão, o Obon, quando se celebra as almas dos ancestrais.

O Tanabata Matsuri não é popular apenas no Japão. O festival se tornou um importante evento aqui no Brasil através da comunidade nikkei. Na cidade de São Paulo, no bairro da Liberdade, por exemplo, o festival já ocorre há quatro décadas. Durante a comemoração, as ruas ficam ornamentadas com enfeites de papel que simbolizam as estrelas e com os galhos de bambu em que todos os visitantes podem pendurar seus pedidos e conhecer um pouco mais de perto a cultura japonesa.

Vamos ouvir esta história?

*A lenda de Tanabata contada aqui faz parte do livro 'Histórias Tecidas em Seda', da Editora Cortez, no qual a autora apresenta três outras narrativas populares do Japão.

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Lúcia Hiratsuka – Nasceu no sítio Asahi (Duartina, SP), onde rabiscou sonhos e ouviu histórias da avó japonesa. Atua na área de Literatura Infantojuvenil, publicou mais de 25 livros que escreveu e ilustrou. Recebeu importantes prêmios como Melhor Reconto FNLIJ 2008, por livro Histórias tecidas em seda (Cortez), o Melhor para Criança FNLIJ 2015 por ORIE (Pequena Zahar), troféu Monteiro Lobato 2015 da Revista Crescer, entre outros.

Em 2019, Chão de Peixes recebeu o 1º lugar no Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional, selo distinção Cátedra Unesco de Leitura PUC. Ainda em 2019, recebeu o JABUTI em duas categorias, ilustração por Chão de Peixes (Zahar) e Juvenil por Histórias guardadas pelo rio (SM).

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