Evento

Palestra // Katsuobushi: técnica que atravessa séculos e oceanos

No dia 27/jun, às 19h, a JHSP reúne especialistas para falar sobre a técnica, produção e variados usos de katsuobushi, a arte milenar do peixe bonito seco. Participe!

Compartilhe

Katsuobushi: técnica que atravessa séculos e oceanos:
Palestra // 27 de junho, às 19h

A Japan House São Paulo apresenta a palestra ‘Katsuobushi: técnica que atravessa séculos e oceanos’, em que reúne especialistas para falar sobre a arte milenar do peixe bonito seco, iguaria muito utilizada na culinária japonesa, sua técnica, produção e variados usos.

Técnica, produção e variados usos:
A arte milenar do peixe bonito seco

Neste encontro, a chef Telma Shiraishi, do restaurante Aizomê e Embaixadora para Difusão da Cultura e Culinária Japonesa, faz a mediação da conversa com Yusuke Sezaki, quarta geração à frente da fabricante japonesa de katsuobushi, Kaneshichi Shoten, e Rodolfo Vilar, idealizador do Projeto A.mar, iniciativa brasileira para o estudo e resgate de técnicas de conservação de pescados.

Banner informativo. Palestra //  Katsuobushi: técnica que atravessa séculos e oceanos. 27/jun às 19h. Evento híbrido | presencial e virtual. Ao lado direito, detalhe das lascas de peixe Bonito seco.

⚠ ️Alerta de conteúdo sensível:
No evento acontece, ao vivo, a demonstração do corte de peixe próprio para consumo.

JHSPGastronomia

Este evento faz parte do planejamento de JHSPGastronomia, um programa voltado para os saberes e sabores da culinária nipônica.

Evento híbrido: participe presencial ou virtualmente

O encontro, que é gratuito e acontece na Japan House São Paulo com transmissão ao vivo, em português e japonês, conta com Libras e legenda como recursos de acessibilidade.

Para participar presencialmente, é necessário comparecer com 1h30 de antecedência ao horário indicado, uma vez que as vagas são limitadas. Para acompanhar remotamente, basta acessar a transmissão no YouTube.

Sobre os participantes:

Retrato em preto e branco de Yusuke Sezaki

Yusuke Sezaki

Nascido na cidade de Makurazaki, província de Kagoshima, em 1980. Assumiu os negócios da Kaneshichi Shoten em 2004. Começou a se concentrar na produção do honkare-bushi, fascinado por seu valor e existência, dentre os muitos tipos de katsuo bushi. Como resultado, em 2007 iniciou a produção do "Classic Bushi", em que o katsuobushi é fermentado ao som de música clássica.

Sua empresa ganhou o Prêmio do Diretor Geral da Agência das Pescas na 18ª e 19ª Feira Nacional de Katsuo Bushi em 2008 e 2012. Em 2016, na 20ª Feira Nacional de Katsuo Bushi, ganhou o prêmio máximo do Ministro da Agricultura, Florestas e Pescas.

Em 2021, participou no programa documentário da NHK ‘Professionals: The Way of Work’ (um programa que acompanha de perto profissionais de topo de linha, explorando minuciosamente o seu trabalho) e, no mesmo ano, participou no programa de diálogo da NHK ‘SWITCH Interview Tatsujin’ com o calígrafo Takeda Sōun.

Restaurantes clientes: L'Effervescence (Tóquio), Cenci (Quioto), Noma (Copenhagen) - entre outros.

Retrato preto e branco de Telma Shiraishi
Rafael Salvador

Telma Shiraishi

Nascida em São Paulo, mas criada no interior, a chef largou a faculdade de medicina da USP por sentir falta de desenvolver seu lado mais artístico em múltiplos interesses, como flores, arte e animais. Na época, auge dos anos 90, Telma foi trabalhar como assistente do estilista Fause Haten e, com o tempo, começou a participar também das criações de coleções.

Por fim, deixou também a moda e, aos poucos, foi migrando para a cozinha – pela qual realmente sentia paixão. Começou a fazer jantares e coquetéis para amigos e eventos, até abrir o Aizomê.

O conjunto da obra rendeu à chef, que também está à frente da cozinha do Consulado do Japão em São Paulo, o título de Embaixadora para Difusão da Cultura e Culinária Japonesa, concedido pelo governo japonês. Telma é a primeira profissional brasileira e uma das raras mulheres no mundo a receber a honraria.

O reconhecimento de seu trabalho também rendeu prêmios da mídia especializada. Sob sua batuta, o Aizomê foi eleito, por três anos consecutivos, o melhor restaurante japonês pelo Melhor de São Paulo, guia especial do jornal Folha de S. Paulo, e a própria Telma escolhida como chef do ano de 2019 pelo mesmo júri – aqui também, a primeira mulher da história do veículo a carregar o título.

Em 2021, a chef foi finalista no Latin America’s 50 Best Restaurants 2021, na categoria Estrella Damm Chefs' Choice Award - Best Reinvention, por ter concretizado um novo Aizomê na Japan House São Paulo e por encabeçar o projeto social Água no Feijão, que já distribuiu mais de 250.000 marmitas desde a quarentena de 2020. E, recentemente, Telma foi eleita a melhor profissional de cozinha japonesa, na premiação Melhores do Ano 2022, da revista Prazeres da Mesa.

 

Retrato preto e branco de Rodolfo Vilar

Rodolfo Vilar

Apaixonado pelo mar desde pequeno, o paulistano Rodolfo Vilar passou a infância e a adolescência pescando e surfando nas águas de Ubatuba e Ilhabela, no litoral de São Paulo. Sempre foi fascinado pela relação que os caiçaras tinham com a natureza. E, por isso, durante anos escolheu passar todos os fins de semana na praia com os locais que viviam exclusivamente da pesca artesanal.

“A minha paixão sempre foi ficar lá pescando com os meninos. Tudo que vem do mar é um mistério e eu aprendi muito todos os dias”, conta Vilar, que fez faculdade de publicidade e especialização em finanças. Em 2020, ele decidiu se mudar definitivamente para Ilhabela e pôr em prática tudo que aprendeu nos bancos da faculdade e com a vivência com os pescadores da Praia do Bonete, em Ilhabela.

Vilar deu início a um projeto para valorizar a cultura local, gerar autonomia alimentar e um complemento de renda para as comunidades tradicionais locais. “Para o mercado, o pescador não tem nome, mas são famílias envolvidas. É a Dona Cleide, o Seu Elias, o Alex, o Pedro que tem seus sonhos e sua cultura desvalorizada.”

O convívio com os pescadores aproximou Vilar da dura realidade dos moradores da região. Até 2017, a comunidade não tinha energia elétrica e, portanto, não havia alternativa de conservação dos pescados, o que dificultava a venda e o próprio consumo local. Sem muita estrutura no início, o projeto nasceu para gerar a autonomia alimentar na região do Bonete, ensinando técnicas de defumação feitas com o próprio fogão a lenha das casas.

A iniciativa evoluiu e hoje capacita pequenos grupos de pescadores e comunidades tradicionais de todo o Brasil. Um dos pilares do A.mar FishLab é o resgate de técnicas antigas de conservação do pescado. São 32 produtos organizados em 5 técnicas de conservação: salga, defumação, conservas, charcutaria e fermentação. “O Carapau, por exemplo, custa R$12,00 o quilo em seu estado natural. A defumação pode agregar 28 vezes esse valor.”

Além disso, a capacitação também envolve uma atividade anterior ao beneficiamento de produtos que é a chamada despesca ou tudo o que acontece quando o pescado sai da água e chega até a mão do consumidor.

--

Serviço:

Palestra // Katsuobushi: técnica que atravessa séculos e oceanos

Quando: terça-feira, 27 de junho de 2023
Horário: 19h
Duração: aproximadamente 90 minutos 
Classificação etária: livre
Valor: gratuito
*O evento conta com Libras e legenda como recursos de acessibilidade.

Participação presencial:
Onde: Japan House São Paulo | Av. Paulista, 52
*As vagas são limitadas e as senhas para participar ficam disponíveis para retirada na recepção a partir das 17h30 no dia do evento.

Participação virtual:
Onde: YouTube da JHSP
Link de acesso para a live em português: https://youtube.com/live/FGGgGxdH9oA
Link de acesso para a live em japonês: https://youtube.com/live/CnXoXSJsxHM

Voltar ao topo