Sobre NFT | Corrida do Ouro

Gold Rush | Corrida do Ouro

Artistas:
Daito Manabe

Instalação:
Gold Rush – Visualization + Sonification of OpenSea activity
Corrida do ouro - Visualização + Sonificação da atividade no OpenSea
2021

NFTs:
mercadorias em troca de criptomoedas

Desde 2014, o mercado financeiro e a internet trabalham e discutem sobre os NFTs, sigla para token não fungível, em português; ou, em linhas gerais, um bem digital único. Eles são mercadorias que uma pessoa pode obter em troca de criptomoedas.

Embora os NFTs já existam há quase uma década, foi em 2021 que esse tipo de tecnologia ganhou força no mercado, atingindo diversas indústrias e áreas, como é o caso do universo da arte.

Dê o play:

Neste vídeo, Janara Lopes, co-fundadora da Phonogramme, um marketplace para NFTs da indústria da música, explica sobre o assunto e as possibilidades de criação a partir dessa tecnologia. Assista e saiba mais:

 

Observação de tendências estéticas e transações

Artistas, designers e outros profissionais de áreas criativas passaram a desenvolver projetos específicos para serem comercializados não apenas online, mas em forma de NFT. Nesse âmbito, um dos episódios que ganhou destaque foi a venda de EVERYDAYS: THE FIRST 5000 DAYS do artista estadunidense Beeple, que foi arrematada por quase US$ 70 milhões em um leilão da Christie’s, no dia 11 de março de 2021.

A partir desse evento marcante, Daito Manabe e a equipe do Rhizomatiks destrincharam o ambiente em que a obra adquirida estava hospedada e realizaram uma análise de dados de imagem entre os dias 10 e 13 de março de 2021. O resultado dessa minuciosa leitura de informações é o vídeo que exibe um mapeamento a partir das semelhanças e relações das imagens que estavam disponíveis no período no OpenSea – ou, de maneira simplificada, plataforma de negociação de NFTs – e que podem ser visualizadas para observar as tendências estéticas e das transações que aconteceram.

Dinamismo das relações virtuais e as diversas possibilidades

Para a elaboração desse vídeo, Manabe e sua equipe mapearam o fluxo comercial de NFTs do período e utilizaram técnicas de deep learning* para a composição da obra. Dessa forma, o vídeo exposto é um registro da organização e agrupamento das obras analisadas sob determinados critérios, dispondo-as em um plano bidimensional e, depois, reorganizando-as de forma tridimensional. A obra não chama a atenção apenas para um assunto tão atual quanto os NFTs, criptomoedas e blockchains, mas dá visibilidade para o dinamismo das relações virtuais e suas tantas possibilidades.

*Deep learning:

Uma das bases da Inteligência Artificial (IA). Reúne aplicações que permitem que dispositivos reconheçam a fala, detectem imagens e objetos, descrevam conteúdos etc. Essas tecnologias são como as utilizadas em direção autônoma, câmeras de vigilância, ferramenta de busca de produtos de compras online, entre outras que necessitem de grande precisão de reconhecimento.

Saiba mais sobre a exposição:

O que não se vê – Rhizomatiks
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